RESUMO A matéria orgânica do solo (MOS) e os atributos químicos do solo são importantes indicadores de qualidade de solo. Esse estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de estratégias de controle de plantas espontâneas em uma área de restauração florestal sobre a qualidade da MOS e a fertilidade do solo. Para isso, foram estabelecidos três métodos de controle de plantas espontâneas: i) mecânico (MEC); ii) químico (QUI) e, iii) químico-cultural (QC) avaliados em um delineamento em blocos casualizados. Após 13 meses foram coletadas amostras de solo (0-10 cm) nas quais se determinaram a respiração basal por 21 dias; o carbono orgânico total (COT), o carbono lábil (CL); as frações químicas da MOS [humina (H), ácido húmico (AH) e ácido fúlvico (AF)] e a fertilidade do solo. Nos dias 1, 3 e 7 foram verificados maiores valores de respiração basal do solo, contudo, não foram encontradas diferenças entre as estratégias de controle. Foram verificadas pequenas alterações na qualidade da MOS e fertilidade do solo. O MEC apresentou valores (até 11 %) mais elevados de CL, propiciado pela intensificação dos tratos silviculturais. Todas as estratégias de controle da vegetação espontânea após 13 meses de aplicação mostraram-se positivas com relação à qualidade da MOS e a fertilidade do solo, com destaque para o CL, devido a sua relação com o acumulo ou perda da MOS e a imediata resposta as alterações no uso e manejo do solo.
ABSTRACT Soil organic matter (SOM) and the chemical attributes of the soil are important indicators of soil quality. The aim of this study was to evaluate the effects of strategies for controlling spontaneous plants on SOM quality and soil fertility in an area of forest under restoration. Three methods for controlling spontaneous plants were established: i) mechanical (MCH), ii) chemical (CHM), and iii) chemical-cultural (CC), and evaluated using a randomized block design. After 13 months, soil samples were collected (0-10 cm) to determine basal respiration over 21 days, total organic carbon (TOC), labile carbon (LC), chemical fractions of the SOM [humine (H), humic acid (HA) and fulvic acid (FA)], and soil fertility. On days 1, 3, and 7, higher values were seen for basal soil respiration, however, no differences were found between the control strategies. There was a small change in SOM quality and soil fertility. MCH showed higher values (up to 11%) for LC, due to the intense silvicultural management. After 13 months of application, each of the strategies for controlling spontaneous vegetation proved to be favorable in relation to SOM quality and soil fertility, especially for LC, due to its relationship with the accumulation or loss of SOM, and immediate response to changes in land use or management.